segunda-feira, 2 de abril de 2012

Trabalhadores encerram greve nas usinas de RO, diz sindicato (Postado por Lucas Pinheiro)

Os trabalhadores das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, ambas no Rio Madeira, aprovaram o fim da greve nos dois canteiros na manhã desta segunda-feira (2), informou o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Rondônia (Sticcero).

Raimundo Enelson, representante do Sticcero, disse ao G1 que "o sindicato está satisfeito com a decisão". Segundo a entidade, os trabalhadores aceitaram o acordo negociado na última sexta-feira (30) com as empresas que garante reajuste de 7% para os trabalhadores que ganham até R$ 1,5 mil por mês e de 5% para quem ganha mais do que isso.

O movimento havia sido iniciado no começo do mês passado e chegou a fazer com que o governo deixasse a Força Nacional de Segurança de prontidão para prevenir tumultos como os do ano passado, quando alojamentos foram queimados no canteiro de Jirau.

As duas usinas estão entre os principais projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Santo Antônio terá potência total de 3.150 megawatts (MW) e Jirau, de 3.750 MW.

Paralisação
Em Jirau, a parada começou com a manifestação de alguns trabalhadores de uma empresa contratada que pediam aumento de salários e outros nove itens, entre eles cinco dias de folga a cada 70 dias trabalhados (atualmente, a folga é a cada 90 dias corridos de trabalho), aumento do valor da cesta básica de R$ 170 para R$ 350, plano de saúde gratuito extensivo a familiares, aumento de periculosidade e insalubridade e disponibilidade de um médico ginecologista no posto de saúde do canteiro de obras.

A parada das atividades principais nos canteiros foi recomendada pelos consórcios responsáveis pelas obras civis das usinas, lideradas por Camargo Corrêa no caso de Jirau e Odebrecht em Santo Antônio, para garantir a segurança dos trabalhadores, segundo as empresas.

No dia 22 de março, a Justiça do Trabalho declarou abusiva e ilegal a greve nas obras da usina hidrelétrica de Santo Antônio, e determinou o retorno imediado dos operários ao trabalho, sob pena de multa de R$ 200 mil contra o Sticcero. A greve em Jirau também já tinha sido declarada ilegal uma semana antes.

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