Sindicato suspende greve no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo
Liminar do TST provocou a suspensão, diz Orisson de Souza Melo, presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos
O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos suspendeu no início desta quinta-feira, 23, a greve da categoria no Aeroporto Internacional de São Paulo, prevista para começar a partir das 6h de hoje. De acordo com Orisson de Souza Melo, presidente da entidade, a decisão aconteceu após uma assembleia realizada no próprio aeroporto e foi provocada pela liminar concedida na noite desta quarta-feira, 22, pelo Tribunal Superior do Trabalho.
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Orisson Melo afirmou que a intenção dos trabalhadores era de manter a greve e que por volta das 5h30, eles se dirigiam ao saguão de Cumbica para explicar aos passageiros os motivos da decisão. Disse ainda que se houver atrasos e cancelamentos, a culpa não é dos funcionários, e sim das empresas aéreas.
Aeroportos brasileiros têm atrasos na madrugada
Às vésperas do Natal e de uma greve anunciada de aeroviários (que trabalham em terra, nos aeroportos) e aeronautas (pilotos, comissários e mecânicos de vôo), os aeroportos brasileiros registram atrasos em mais de 40% dos voos domésticos programados para esta quinta-feira.
De acordo com informações da Empresa Brasileira Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), de 266 voos agendados entre 0h e 6h de hoje, 114 (42,9%) não cumpriram o horário previsto e seis tiveram de ser cancelados. Nas rotas internacionais, o índice de atrasos é menor (35%), com sete voos atrasados em 20 programados.
Greve
O fracasso nas negociações com as empresas aéreas, em reunião que ocorreu na terça-feira, em Brasília com intermediação do Ministério Público do Trabalho, fez com que aeroviários e aeronautas mantivessem a data de início da greve das duas categorias a antevéspera de Natal.
A greve deve acontecer por conta de um impasse salarial, no qual as empresas não aceitam o reajuste de 15% nos salários dos aeronautas e 13% para os aeroviários. As empresas - representadas pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) - não querem avançar além do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 6,08%, acumulado dos últimos 12 meses (até novembro).
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