segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Aeroportuários suspendem paralisação em Viracopos (Postado por Erick Oliveira)

Os funcionários da Infraero no aeroporto de Viracopos, em Campinas, decidiram suspender nesta segunda-feira (24), após assembleia, a paralisação iniciada à 0h de quinta, de acordo com o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina). A informação foi confirmada pela Infraero.
A retomada foi definida após a proposta do governo de retomar as negociações sobre as reivindicações dos trabalhadores em relação ao modelo de concessão definido pelo governo para o setor, que prevê gestão pela iniciativa privada.
Segundo informações do sindicato, na quarta-feira (26), representantes dos sindicatos e do governo federal deverão reunir-se para tratar do assunto.
No sábado (22), o diretor de administração da Infraero, José Eirado, dissera ao G1 que uma liminar concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região determinava que 50% dos funcionários em greve do aeroporto de Viracopos voltassem a trabalhar imediatamente.
Na sexta-feira (21), Brasília e Guarulhos já haviam suspendido a paralisação.
Em documento apresentado ao sindicato, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) propõe estabelecer a obrigação das concessionárias oferecer um programa permanente de formação, capacitação e aperfeiçoamento dos empregados; garantia aos funcionários que permanecerem na Infraero de participar na elaboração de um plano conjunto para a absorção e realocação dos empregados; obrigação da concessionária adotar a mesma data-base da Infraero; obrigação da concessionária assegurar aos seus empregados condições de trabalho equivalente ao oferecido pela Infraero; e período de estabilidade no emprego maior do que já foi estabelecido.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Lemos.Lemos, se as negociações não avançarem, a greve pode se estender para mais aeroportos. “Vamos abrir para negociações. Se não acontecer, a greve vai ser diferente, a gente vai parar o aeroporto e não só esses três", afirmou. “O estado de greve continua até a quarta, porque a crise é muito grave entre o movimento sindical e o governo Dilma”, disse aos funcionários em assembléia que começou por volta das 11h20 no saguão do aeroporto.
Paralisação
Os funcionários da Infraero nos três aeroportos iniciaram uma paralisação de 48 horas na última quinta-feira, em protesto contra o modelo de concessão definido pelo governo para o setor.
A principal reivindicação dos aeroportuários é em relação à manutenção das atividades-fim atribuídas aos funcionários da Infraero dentro do modelo de concessão dos aeroportos, e uma maior segurança em relação à estabilidade dos funcionários da Infraero.
A categoria pede estabilidade até 2020. De acordo com o Sina, em reunião realizada na quarta-feira, o governo teria chegado a sinalizar que poderia chegar a uma estabilidade até 2015.
Segundo José Carlos Domingos, diretor da base Guarulhos do Sina, a adesão à greve dos funcionários da Infraero no aeroporto da cidade na quinta foi de cerca de 80%. Ele estima ainda que, em Brasília, 60% dos funcionários aderiram à paralisação. Em Viracopos, a estimativa do sindicalista é que 100% tenham aderido.
A greve dos funcionários da Infraero atingiu, principalmente, o transporte de cargas. O superintendente da empresa no Aeroporto de Viracopos, Carlos Alberto Cardoso Alcântara, calculou em 800 toneladas o total de cargas paradas no aeroporto em decorrência da paralisação.
A Infraero tem 2.781 funcionários nos três aeroportos, que realizam tarefas como posicionamento de finger (estrutura que liga o terminal de passageiros aos aviões e é usado para embarque e desembarque), auxílio no posicionamento das aeronaves nos pátios e operação dos sistemas de informação aos passageiros (painéis e sistema de som).
Se somados os empregados das companhias aéreas, de manuseio de bagagem e terceirizados, atuam em Guarulhos, Viracopos e Brasília entre 9 mil e 10 mil pessoas, informou a Infraero. Ainda de acordo com a empresa, houve realocação de funcionários para garantir a operação normal nos aeroportos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Aeroportuários suspendem paralisação em Brasília e Guarulhos (Postado por Erick Oliveira )

Os funcionários da Infraero nos aeroportos de Brasília e Guarulhos suspenderam, nesta sexta-feira (21), a paralisação iniciada à 0h de quinta, segundo o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina).
A retomada foi definida após a proposta do governo de retomar as negociações sobre as reivindicações dos trabalhadores em relação ao modelo de concessão definido pelo governo para o setor, que prevê gestão pela iniciativa privada.
Representantes do governo e dos funcionários da Infraero devem se reunir na próxima quarta-feira (26). "“Vai ter uma mesa de negociações na quarta-feira no Palácio do Planalto”, afirmou ao G1 o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários", Francisco Lemos.
Em Viracopos, onde os funcionários também pararam, a proposta do governo deve ser votada em assembleia na tarde desta sexta.
Em documento apresentado ao sindicato, a SAC propõe estabelecer a obrigação das concessionárias oferecer um programa permanente de formação, capacitação e aperfeiçoamento dos empregados; garantia aos funcionários que permanecerem na Infraero de participar na elaboração de um plano conjunto para a absorção e realocação dos empregados; obrigação da concessionária adotar a mesma data-base da Infraero; obrigação da concessionária assegurar aos seus empregados condições de trabalho equivalente ao oferecido pela Infraero; e período de estabilidade no emprego maior do que já foi estabelecido.
Segundo Lemos, se as negociações não avançarem, a greve pode se estender para mais aeroportos. “Vamos abrir para negociações. Se não acontecer, a greve vai ser diferente, a gente vai parar o aeroporto e não só esses três", afirmou. “O estado de greve continua até a quarta, porque a crise é muito grave entre o movimento sindical e o governo Dilma”, disse aos funcionários em assembléia que começou por volta das 11h20 no saguão do aeroporto.
Brasília
Em Brasília, o diretor administrativo e financeiro do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Samuel Santos, informou que a paralisação foi suspensa por volta das 11h20 desta sexta. A categoria foi convocada pelo sindicato para retornar ao trabalho. Segundo Santos, os funcionários ficarão em estado de alerta até a próxima quarta, quando os trabalhadores vão debater a proposta.
Guarulhos
A assembleia dos aeroportuários de Guarulhos também aprovou que o pátio passará a operar em operação padrão. "Vai ser uma aeronave por vez no pátio", disse Lemos. O presidente do sindicato disse não saber afirmar qual impacto a medida terá na tarde desta sexta e no final de semana, como atrasos e cancelamentos de voo.
A assessoria de imprensa da Infraero de Cumbica informou que atualmente 700 pousos e decolagens ocorrem por dia no aeroporto e que impactos dessa operação somente poderão ser dimensionados ao longo desta sexta-feira.
Paralisação
Os funcionários da Infraero nos três aeroportos iniciaram uma paralisação de 48 horas nesta quinta-feira, em protesto contra o modelo de concessão definido pelo governo para o setor.
A principal reivindicação dos aeroportuários é em relação à manutenção das atividades-fim atribuídas aos funcionários da Infraero dentro do modelo de concessão dos aeroportos, e uma maior segurança em relação à estabilidade dos funcionários da Infraero.
A categoria pede estabilidade até 2020. De acordo com o Sina, em reunião realizada na quarta-feira, o governo teria chegado a sinalizar que poderia chegar a uma estabilidade até 2015.
Segundo José Carlos Domingos, diretor da base Guarulhos do Sina, a adesão à greve dos funcionários da Infraero no aeroporto da cidade na quinta foi de cerca de 80%. Ele estima ainda que, em Brasília, 60% dos funcionários aderiram à paralisação. Em Viracopos, a estimativa do sindicalista é que 100% tenham aderido.
A Infraero, por sua vez, informou que, até o final da manhã de quinta, a adesão dos funcionários à paralisação variava de 25% a 30% nos três aeroportos. De acordo com a estatal, a greve não causa transtorno aos passageiros.
A greve dos funcionários da Infraero atingiu, principalmente, o transporte de cargas. O superintendente da empresa no Aeroporto de Viracopos, Carlos Alberto Cardoso Alcântara, calculou em 800 toneladas o total de cargas paradas no aeroporto em decorrência da paralisação.
A Infraero tem 2.781 funcionários nos três aeroportos, que realizam tarefas como posicionamento de finger (estrutura que liga o terminal de passageiros aos aviões e é usado para embarque e desembarque), auxílio no posicionamento das aeronaves nos pátios e operação dos sistemas de informação aos passageiros (painéis e sistema de som).
Se somados os empregados das companhias aéreas, de manuseio de bagagem e terceirizados, atuam em Guarulhos, Viracopos e Brasília entre 9 mil e 10 mil pessoas, informou a Infraero. Ainda de acordo com a empresa, houve realocação de funcionários para garantir a operação normal nos aeroportos.

sábado, 15 de outubro de 2011

Bancários e Fenaban fazem acordo para encerrar greve (Postado por Erick Oliveira)

A Federação Nacional de Bancos (Fenaban) e os representantes do Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) chegaram na noite desta sexta-feira (14) a um acordo para encerrar a greve dos bancários, que teve início no dia 27 de setembro.
Segundo Carlos Cordeiro, presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban apresentou proposta de 9% de reajuste sobre salários, retroativos a 1º de setembro, e 12% de reajuste no piso da categoria, que passa de R$ 1.250 para R$ 1.400 para a função de escriturário.
Também houve avanço na discussão sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A partir de agora, cada trabalhador poderá receber até 2,2 salários mais R$ 2.800 por ano (contra 2,2 salários mais R$ 2.400).
"Para a gente é um resultado positivo porque o grande debate, o principal entrave, era em relação ao reajuste. Agora teremos 1,5% de aumento real", disse Cordeiro. A proposta anterior da Fenaban era de aumento de 8%, o que resultaria num ganho real de 0,56%.
Em relação ao piso da categoria, o aumento real foi de 4,3%, segundo o presidente da Contraf. Será o oitavo ano consecutivo que os trabalhadores do setor terão aumento real.
"Este foi um processo de negociação bastante longo, mas que finalmente levou a um acordo entre as partes, construído na mesa de negociação", disse, em nota, o diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Apostólico.
Os dias de paralisação não serão descontados e serão compensados até o dia 15 de dezembro, segundo a Contraf. Como em anos anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado.
AssembleiasOs sindicatos estaduais precisam aprovar a proposta em assembleias, previstas para ocorrer na segunda-feira."Vamos orientar os sindicatos a aceitar a proposta", afirmou Cordeiro. Se o acordo for aprovado pela maioria dos cerca de 140 sindicatos da categoria, os bancários retornam ao trabalho na terça-feira (18).
De acordo com a Fenaban, o auxílio-refeição será de R$ 19,78 e a cesta-alimentação passa para R$ 339,08 por mês, além de 13ª cesta no mesmo valor. O auxílio creche mensal será de R$ 284,85 por filho até 6 anos.
Histórico
Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, por tempo indeterminado, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida no dia 23. A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representava aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação inicial da categoria era de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.
Os bancários pediam, ainda, valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
Durante a paralisação, os bancários passaram a reclamar do "silêncio" dos bancos. Esta semana, os representantes dos trabalhadores afirmaram que pediriam uma audiência com a presidente Dilma Rousseff e também com o presidente da Febraban, Murilo Portugal.
A negociação entre as partes foi retomada na quinta-feira (13), mas a reunião foi interrompida perto das 20h, com previsão de recomeçar na manhã desta sexta. A reunião desta sexta-feira durou a tarde inteira e só perto das 21h os representantes da Fenaban e da Contraf chegaram a um consenso.
Na quinta-feira, 9.254 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados ficaram fechados em todo o país, segundo balanço da Contraf. O número equivale a 46,1% dos 20.073 estabelecimentos do país.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Bancários em greve e Fenaban retomam negociações nesta sexta (Postado por Erick Oliveira)

Representantes do Comando Nacional dos Bancários e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) devem voltar a se reunir na tarde desta sexta-feira (14), para buscar um acordo que possa por fim à greve dos bancários, parados desde o dia 27.
Na quinta-feira, a reunião entre as partes foi interrompida por volta das 20h, e estava prevista para ser retomada na manhã desta sexta, mas foi adiada para as 14h, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Banqueiros e bancários tentam construir uma solução para o reajuste salarial da categoria capaz de pôr fim à greve no setor. Segundo a Contraf, no encontro de quinta-feira, os bancos apresentaram nova proposta de reajuste de 8,4%, que foi rejeitada pelos dirigentes sindicais.
“A quebra do silêncio dos bancos e a retomada das negociações são passos importantes, mas os bancos perderam uma excelente oportunidade para resolver o impasse da greve. A proposta não avança porque representa somente 0,93% de aumento real, o que é insuficiente, além de não trazer valorização do piso nem melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), não atendendo, assim, às expectativas dos bancários”, disse, em nota, Carlos Cordeiro, presidente da entidade e coordenador do Comando Nacional.
Reivindicações
Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida no dia 23. A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representa aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação da categoria é de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.
Os bancários pedem, ainda, valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
Agências fechadasNesta quinta, 9.254 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados ficaram fechados em todo o país. O número equivale a 46,1% das 20.073 agências existentes no país.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Correios levarão sete dias para normalizar entregas em São Paulo (Postado por Erick Oliveira)

Os Correios levarão sete dias para entregar toda a correspondência acumulada na região metropolitana de São Paulo durante os 28 dias de paralisação da categoria. A estimativa foi dada nesta quinta-feira (13) pela assessoria de imprensa da empresa.
O total de entregas acumuladas no período em que o funcionamento estava prejudicado equivale a seis dias de cartas recebidas pelos Correios. Com o fim da greve, determinado pela Justiça, carteiros irão trabalhar no final de semana para acabar com o acúmulo de cartas.
Em todo o Brasil, segundo os Correios, cerca de 185 milhões de cartas estão atrasadas. A previsão é que, retomado o trabalho na empresa, elas também sejam normalizadas dentro de uma semana.
Os Correios avaliam que a greve causou um prejuízo de cerca de R$ 20 milhões à empresa. Já os custos dos benefícios aos trabalhadores decididos pelo TST devem ficar em cerca de R$ 800 milhões.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

TST determina fim de greve dos Correios (Postado por Lucas Pinheiro)

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu nesta terça-feira (11), durante julgamento do dissídio coletivo dos Correios, que a greve da categoria não é abusiva. Entretanto, o tribunal autorizou a empresa a descontar dos funcionários sete dos 28 dias não trabalhados. E determinou a volta ao trabalho a partir de quinta-feira, sob pena de multa.

A decisão representa derrota aos trabalhadores, em greve desde o dia 14 de setembro. O principal entrave para um acordo era o desconto dos dias parados, que os Correios não abriam mão e os grevistas não aceitavam.

Em seu voto, o relator do dissídio, ministro Mauricio Godinho Delgado, defendeu que os dias parados fossem totalmente compensados com trabalho pelos funcionários, já que a greve não foi considerada abusiva.

Entretanto, a maioria dos ministros votou pelo desconto dos dias parados, total ou em parte, considerando uma jurisprudência do tribunal – que prevê desconto devido à suspensão do contrato de trabalho e, portanto, dos serviços -, além de um pré-acordo assinado na semana passada entre representante dos Correios e sindicalistas.

Na oportunidade, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) aceitou proposta dos Correios de desconto de seis dias parados, em 12 parcelas mensais de meio dia cada, a partir de janeiro. A proposta, porém, foi rejeitada pelos trabalhadores em assembléias.

A proposta vencedora, intermediária, prevê o desconto de sete dias e compensação de outros 21.

Ministro criticaram o impasse na negociação por conta dos dias parados. A vice-presidente do TST, ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, que na semana intermediou negociação entre as partes, disse que o sindicato e os trabalhadores “desrespeitaram o poder judiciário, a empresa e a sociedade” ao ignorarem os esforços por um acordo e insistirem no julgamento do dissídio por conta do desconto dos dias parados.
 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sem acordo, Justiça do Trabalho vai julgar greve nos Correios (Postado por Erick Oliveira)

Terminou sem acordo a audiência de conciliação realizada nesta sexta-feira (7) entre os trabalhadores e a diretoria dos Correios. Diante do impasse, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Oreste Dalazen, determinou a abertura de dissídio coletivo que será julgado na próxima terça-feira (11).
Os trabalhadores dos Correios estão em greve desde o dia 14 de setembro.
Na tentativa de acordo, o ministro do TST  fez uma nova proposta, que inclui pagamento imediato de abono de R$ 800 mais aumento real de R$ 60 a ser pago no dia 1º de janeiro de 2012. Seriam descontados ainda seis dias de trabalho em 12 parcelas. Os trabalhadores receberiam também reajuste de 6,87% retroativo a 1º de agosto.
A proposta foi aceita pela diretoria dos Correios, mas rejeitada pelos trabalhadores. O motivo do impasse é o desconto dos dias parados.
Antes do final da audiência, o presidente do TST fez um apelo aos trabalhadores e à diretoria dos Correios para que o impasse fosse resolvido, uma vez que o dissídio pode ser pior para ambas as partes.
Conforme João Oreste Dalazen, em outros julgamentos sobre greve, a Justiça do Trabalho já decidiu, por exemplo, pelo desconto integral dos dias parados. "A Justiça vai determinar o desconto não de seis, mas de 24 dias. As duas partes estiveram em posições que pouco favoreceram a negociação. Em vez de avançar, estamos nos afastando do que seria um ponto de evolução."
Representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) afirmaram, durante audiência, que qualquer proposta que remeta a desconto dos dias parados não será aceita pela categoria, uma vez que em greves anteriores não houve desconto.
Ao final da audiência, um dos representantes da federação, José Rivaldo, não descartou que haja um acordo informal antes do julgamento do dissídio. "Até terça-feira há esperança de se achar uma solução que, obviamente, vai passar por assembleia. Há risco de perdas maiores com o julgamento", disse. Na próxima segunda-feira (10), serão realizadas assembleias pelo país.
Na quinta (6), o presidente do TST havia determinado que 40% dos funcionários de cada unidade dos Correios voltassem ao trabalho nesta sexta. A Fentect terá de pagar R$ 50 mil por dia de multa caso a decisão seja descumprida.
O vice-presidente de Recursos Humanos e Gestão dos Correios, Larry Almeida, disse que ainda não há informações sobre se a decisão judicial foi cumprida. "Lamentamos muito. Essa é a segunda reunião de conciliação e, em ambas, aceitamos a proposta do conciliador. Lamentamos muito que houve rejeição."

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Principais sindicatos rejeitam proposta dos Correios, diz Fentect (Postado por Lucas Pinheiro)

Embora a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) ainda esteja fechando um balanço oficial, a informação, dada por José Gonçalves de Almeida, o Jacó, diretor da entidade, era que, perto das 15h, os principais sindicatos haviam rejeitado a proposta da direção dos Correios para colocar fim à greve que começou no dia 14 de setembro.

Até o momento, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Santa Catarina, Paraná, Paraíba, Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Amazonas, Bahia e Ceará já recusaram o acordo.

Ainda na tarde desta quarta-feira (5), Rio Grande do Sul e Goiás realizam assembleias para decidir a respeito da continuidade da paralisação.

“Eles [RS e GO] têm orientação de rejeitar também. Se tiver um sindicato pequeno que aceite a proposta será muito. Provavelmente, o acordo será rejeitado por ampla maioria, talvez até por unanimidade, porque a proposta é muito ruim”, disse Almeida. Portanto, segundo o diretor da entidade, a greve deve continuar por tempo indeterminado.

Proposta
Na terça-feira (4), a Fentect aceitou o acordo que foi levado para votação em assembleias nesta quarta. O documento precisaria ter o apoio de pelo menos 18 dos 35 sindicatos vinculados à Fentect para passar a valer e, caso fosse aprovado, os funcionários retornariam ao trabalho já na quinta-feira.

O desconto dos dias parados segue sendo o principal entrave para um acordo. Pela proposta da direção dos Correios, feita na véspera, os funcionários teriam seis dias de trabalho descontados a partir de janeiro, sendo meio dia por mês, num total de 12 parcelas. Quem preferir, poderia autorizar desconto em período menor.

A proposta previa ainda pagamento de aumento real de R$ 80 retroativo a 1º de outubro, além de reajuste de 6,87% nos salários e benefícios a partir de 1º agosto. Os funcionários também teriam que trabalhar durante finais de semana e feriados para colocar em dia as entregas atrasadas.

Foram quatro horas de negociações até o acordo ser fechado na terça-feira. "Não foi a melhor proposta, mas foi a proposta possível. Depois de 21 dias de greve, os funcionários estavam ansiosos para voltar ao trabalho", disse, na ocasião, o secretário-geral da Fentect, José Rivaldo da Silva.

Até a terça-feira, cerca de 136 milhões de correspondências estavam atrasadas no país, segundo os Correios.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Correios e sindicato entram em acordo para pôr fim à greve (Postado por Lucas Pinheiro)

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), aceitou nessa terça-feira (4) proposta da direção dos Correios para colocar fim à greve que começou no dia 14 de setembro.
O acordo vai ser levado para votação em assembléias e, se aprovado, os funcionários retornam o trabalho na quinta-feira. O documento precisa ter o apoio de pelo menos 18 dos 35 sindicatos vinculados à Fentect para passar a valer.
Os sindicalistas concordaram em ter seis dias de trabalho descontados a partir de janeiro, sendo meio dia por mês, num total de 12 parcelas. Quem preferir, pode autorizar desconto em período menor. O desconto dos dias parados era o principal entrave para um acordo com que colocasse fim à paralisação.
A greve dos Correios já dura 21 dias. Funcionários em greve realizam nesta terça-feira (4) marcha rumo ao Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília. Os trabalhadores reivindicam um aumento linear de R$ 200, a reposição da inflação de 7,16%, o aumento do  (Foto: Celso Junior/AE)Funcionários dos Correios fizeram caminhada em Brasília nesta terça-feira (Foto: Celso Junior/AE)
A proposta prevê ainda pagamento de aumento real de R$ 80 retroativo a 1º de outubro. E o reajuste de 6,87% nos salários e benefícios a partir de 1º agosto. Os trabalhadores também aceitaram trabalhar durante finais de semana e feriados para colocar em dia as entregas atrasadas. Foram quatro horas de negociações até o acordo ser fechado.
"Não foi a melhor proposta, mas foi a proposta possível. Depois de 21 dias de greve, os funcionários estavam ansiosos para voltar ao trabalho", disse o secretário-geral da Fentect, José Rivaldo da Silva.
O vice-presidente de Gestão de Recursos Humanos dos Correios, Larry de Almeida, disse que a previsão é de que as entregas sejam normalizadas até a próxima semana em todos os estados, com exceção de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Nesses três estados, o trabalho deve levar mais tempo. Cerca de 136 milhões de correspondências estão atrasadas hoje no país.
Almeida disse que a negociação com o sindicato foi "difícil", mas afirmou que o acordo "conjuga os interesses dos trabalhadores, da empresa e, acima de tudo, os interesses da sociedade."

Movimento grevista dos Correios realiza protesto pela Esplanada (Postado por Erick Oliveira)

Funcionários dos Correios, em greve há 21 dias, realizaram manifestação na manhã de terça-feira (4) no Distrito Federal. Eles se reuniram em frente ao edifício sede dos Correios, no Setor Bancário Norte, no início da manhã. O movimento grevista resolveu fazer uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios para dar visibilidade ao ato. Caravanas de todo o país participaram da manifestação. Está prevista para esta tarde uma reunião entre o sindicato da categoria e a presidência dos Correios no Tribunal Superior do Trabalho. Funcionários em greve promoveram nesta terça-feira (4) uma marcha rumo ao Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília. Durante o protesto, servidores realizaram o enterro simbólico do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Os trabalhadores reivindicam um aumento linear de R$ 200, a reposição da inflação de 7,16%, o aumento do piso salarial e a contratação imediata dos aprovados no último concurso público.

sábado, 1 de outubro de 2011

Ministra do TST nega pedido dos Correios para suspender greve (Postado por Erick Oliveira)

A vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministra Cristina Peduzzi, negou nesta sexta-feira (30) o pedido de liminar da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) para que fosse suspensa imediatamente a greve dos empregados, que começou em 14 de setembro.
Está marcada para a próxima terça-feira (4) uma audiência de conciliação entre a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e a direção dos Correios.
No pedido feito ao TST, os Correios argumentam que a paralisação é um “movimento atentatório à ordem pública” e teria “nítido conteúdo político-ideológico”.
Segundo informações da Fentec, os trabalhadores dos Correios entraram em greve por não aceitarem a proposta inicial dos Correios de 6,87% de reajuste. Os grevistas reivindicam 7,16% de reajuste, aumento linear de R$ 200, e piso salarial de R$ 1.635.
Nesta quinta-feira (29), os Correios apresentaram uma proposta para por fim à paralisação que incluía desconto de um dia de greve por mês, aumento linear de R$ 80 (a partir de janeiro de 2012), reajuste salarial de 6,87% e abono de R$ 500. A proposta foi rejeitada pela categoria.
Na decisão, em caráter liminar, a ministra considerou que os serviços prestados pelos Correios são “relevantes”, mas não são “essenciais” a ponto de interferir no direito de greve. “O fato de a ECT exercer serviços públicos relevantes não impede nem pode impedir o exercício do direito de greve por seus empregados, na forma assegurada pelo artigo 9º da Constituição”, disse Peduzzi.
Os Correios também pediram que o TST declarasse “abusiva” a paralisação dos trabalhadores. Para a ministra, no entanto, não há evidências de ilegalidade na greve.
“[A empresa] não demonstra qualquer tentativa de acordo com os sindicatos profissionais e os empregados para assegurar quantitativos mínimos para a prestação de serviços, restando inobservado, portanto, o requisito legal que autoriza a intervenção do Poder Público”, afirmou a ministra. O mérito do pedido dos Correios só será julgado após a reunião de conciliação.